A medicina capilar aliada à inovação científica.
A queda de cabelo é um dos problemas dermatológicos mais frequentes, e seu impacto na autoestima é significativo. Dentre os tipos mais comuns, destacam-se a alopecia androgenética (conhecida popularmente como calvície) e a alopecia de padrão feminino, que embora compartilhem algumas características, apresentam mecanismos distintos e exigem abordagens personalizadas.
Com os avanços da ciência, as terapias regenerativas tornaram-se uma importante ferramenta na medicina capilar. Elas atuam estimulando o próprio organismo a reparar, regenerar e fortalecer os folículos capilares, melhorando a densidade, a espessura e a qualidade dos fios. Essas técnicas não substituem os tratamentos convencionais, mas os potencializam, ampliando seus efeitos e oferecendo novas possibilidades, especialmente em casos mais resistentes ou em estágios avançados.
1. O que são Terapias Regenerativas?
Terapias regenerativas envolvem procedimentos que ativam os mecanismos naturais de regeneração celular e promovem um ambiente mais saudável para os folículos pilosos. Elas atuam:
- Reduzindo processos inflamatórios crônicos do couro cabeludo;
- Estimulando a vascularização da região;
- Ativando células-tronco residentes no folículo;
- Prolongando a fase anágena (de crescimento) dos fios;
- Inibindo a miniaturização folicular progressiva.
São indicadas para homens e mulheres, em diferentes fases da alopecia, inclusive como tratamento complementar ao transplante capilar.
2. Principais Aplicações nas Alopecias Comuns
Alopecia Androgenética (Calvície Masculina e Feminina)
É uma condição genética e hormonal que leva à miniaturização progressiva dos fios. O uso de terapias regenerativas pode atrasar a progressão, estimular folículos ainda viáveis e aumentar a resposta aos tratamentos convencionais, como medicamentos tópicos e orais.
Alopecia de Padrão Feminino
Diferente da calvície masculina, a alopecia feminina frequentemente tem um componente inflamatório crônico, além de fatores hormonais, metabólicos e nutricionais. As terapias regenerativas ajudam a modular a inflamação, a restaurar o equilíbrio do couro cabeludo e a estimular o crescimento em áreas difusas de rarefação.
3. Técnicas Regenerativas Utilizadas no Consultório
– Exossomos
São vesículas extracelulares com alto potencial regenerativo. Carregam proteínas sinalizadoras, RNA mensageiro e fatores anti-inflamatórios que atuam diretamente nos folículos pilosos, promovendo reparo, regeneração e reversão do quadro de miniaturização. São uma das grandes promessas atuais da tricologia médica.
São substâncias derivadas de fontes vegetais ou animais que mimetizam a ação das células-tronco humanas. Elas não são células em si, mas sim seus “mensageiros”, e atuam sinalizando os folículos a retomar sua atividade normal, estimulando o crescimento de fios mais saudáveis e espessos.
– PRP – Plasma Rico em Plaquetas
O PRP é obtido a partir do sangue do próprio paciente, que, após processado, concentra as plaquetas ricas em fatores de crescimento naturais. Esses fatores atuam na estimulação das células-tronco do folículo piloso, promovendo regeneração, melhora da vascularização e aumento da fase de crescimento dos fios (anágena). É indicado principalmente em casos de alopecia androgenética e eflúvios crônicos.
– Microlyser – Células-Tronco Foliculares Autólogas
O Microlyser é uma tecnologia que utiliza uma suspensão de células-tronco derivadas dos próprios folículos do paciente, obtidas por meio de um pequeno número de unidades foliculares retiradas da região occipital (área doadora). Após processamento, essa suspensão rica em células e fatores regenerativos é aplicada no couro cabeludo, favorecendo a regeneração folicular, a reversão da miniaturização e o estímulo ao crescimento de novos fios. É especialmente indicado em alopecias com folículos ainda viáveis, inclusive como terapia complementar ao transplante capilar.
– PDRN – Ácido Polinucleotídico Derivado do Salmão
O PDRN é um composto derivado do DNA do salmão, com potente ação regeneradora, anti-inflamatória e angiogênica. Quando aplicado no couro cabeludo, melhora a qualidade do tecido, estimula a microcirculação e favorece um ambiente mais saudável para os folículos. É um excelente coadjuvante em casos de alopecia inflamatória ou quando há sinais de sofrimento folicular crônico, ajudando a restaurar o equilíbrio biológico do couro cabeludo.
Abordagem Personalizada
Esses tratamentos são indicados após uma avaliação médica completa e podem ser combinados entre si ou com outras terapias capilares. A escolha depende do diagnóstico, da fase da alopecia e dos objetivos de cada paciente, sempre com foco na eficácia, segurança e naturalidade dos resultados.
Tratamento Individualizado: ciência + estratégia
Cada caso de alopecia exige uma avaliação médica aprofundada. No consultório, dedicamos tempo para entender todos os fatores que influenciam a saúde capilar — como genética, hormônios, inflamação, nutrição, estilo de vida e histórico familiar. A partir disso, desenhamos um plano terapêutico personalizado, que pode incluir:
- Medicações tópicas e sistêmicas;
- Suplementação específica;
- Procedimentos regenerativos combinados;
- Mudanças de hábitos e orientações específicas para o paciente.
5. Resultados e Continuidade
As terapias regenerativas oferecem resultados progressivos e cumulativos. O ideal é manter um plano contínuo de estímulo e acompanhamento médico, com reavaliações periódicas e ajustes conforme a evolução clínica.
‘As terapias regenerativas representam o que há de mais moderno na medicina capilar. Elas nos permitem ir além da simples contenção da queda — buscamos recuperar a vitalidade dos fios, restaurar a saúde do couro cabeludo e resgatar a autoestima dos pacientes de forma duradoura e segura.’